Pensadores

"Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não leem." (Mário Quintana)

"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)

Aprendi a aceitar minhas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiantes, com a graça de um adulto e não com a tristeza de um criança. (Shakespeare)

domingo, 13 de maio de 2012

Único Defeito.



Pronto, encontro-me numa encruzilhada...maldita encruzilhada. Olho para os lados e a única coisa que posso ver é indecisão...de quê adianta enxergar se nada posso ver?

É impressionante como sempre soube o que seria...de que adianta gritarem aos meus ouvidos que tudo pode ser diferente? Não...no nosso caso o futuro já está traçado, rascunhado e passado a limpo.


Te conhecer foi simplesmente sensacional, acho que do meu vocabulário, está é a palavra que separei para te descrever. É como encontrar no meio deste mundo louco, caótico, composto por mágoa e desilusão, uma mente compatível, outro ser humano coerente...consciente. Olhando por cima, posso dizer que suas qualidades numerosas, impossíveis de se contar a dedos, superam em peso qualquer defeito...exceto este!

Faz pouco tempo, mas ainda assim, mesmo com o novo, o diferente que me amedronta, sinto...sei com certeza que poderia te amar de verdade. Te amaria por toda vida, senão fosse por isso.


Sei que não devemos viver com medo, pois quem vive de medo não merece a felicidade. Também sei que deveria me arriscar, me lançar no arco do desconhecido e esperar com fé que o melhor viesse a meu encontro. Mas neste caso...é inevitável saber que sairia em frangalhos e completamente derrotada pelo cansaço. Acho que não sou forte...não sou o suficiente para vencer determinadas situações, vícios que nos maltratam e mesmo assim somos escravos dos mesmos.


Dói imaginar o que poderíamos viver sem meus defeitos irreversíveis, seus defeitos irreparáveis, essa junção de coisas horríveis que destrói o corpo e a alma, as relações.

Continuar é um erro...os dois sairiam estraçalhados pela persistência, pelo rancor, pelas grandes mágoas, estas que carregamos pela vida, que mudam nosso interior e nos acorda com um tapa na cara daqueles ardidos e que deixam vergões...estas que nos revelam dolorosas desilusões.


Desilusão?! É quando deixamos de ver o mundo com olhos infantis e passamos a enxergar a vida com maldade... a perca da inocência. É o medo se alojando nas entranhas e fazendo parte de quem somos. É o fim carregado de tristeza.


Apesar de tudo, mesmo sabendo qual caminho devo traçar, a esperança faz crescer em mim a indecisão.


Tudo por um erro....um único defeito!