Eu vivo!

Quando eu era uma criança eu costumava fantasiar que não importava o que eu fizesse ao longo da vida, na hora da morte eu olharia para traz como num relampago de adrenalina e me arrependeria de tudo. No fim, nada teria valido apena.

Eu vivia a vida com medo de me arrepender, levava a ética ao pé da letra doesse a quem doer, mas aprendi algumas coisas...

Com o tempo fui percebendo que por medo de errar, acabava errando por desconcerto, em demasia. Não importava o que eu fizesse, a minha meia entrega de coração fazia das coisas imperfeitas, inacabadas, tortas. Foi quando eu me dei conta que a vida em si era um erro.

O erro está presente quando temos medo de viver, porque no fim das contas é errando que se aprende, e o que mais estamos fazendo aqui na Terra, senão aprender?

Eu, particularmente estou me conhecendo, me encontrando, descobrindo minhas virtudes e meus fracassos...meus limites e principalmente, minhas fortalezas. Foi errando e sofrendo que aprendi o que sei hoje ao meu respeito, foi caindo!

Eu vivo cada dia como se fosse o último sem medo de me arrepender, porque sei que é melhor se arrepender de fazer do que deixar de ter feito. Mas nada, absolutamente nada do que eu faça vai contra meus princípios, destruindo meu caráter.

O que seria do ser humano sem caráter e dignidade? Um policial corrúpto? Um assassino frio e sem coração? Uma mãe desnaturada que abandona seu próprio filho numa lata de lixo ? Não...essas pessoas não tem o direito de serem chamados por seres humanos, eles não são nada!

Eu vivo com fé, acreditando com o coração quando a razão desacredita. Vivo com ousadia, fazendo acontecer e não esperando que aconteça. Vivo com coragem, fazendo valer o meu caráter e lutando pelos meus ideias. Vivo com amor, porque sei que quando tudo parece desmoronar, é ele que me fortalece. Vivo com dignidade, porque sei que quando tudo acabar, é ela que me resta. Vivo com bravura, porque quando meu coração vacilar é ela quem me sustenta e socorre!
Eu vivo, só vivo...eis-me aqui um vivo!